Sorel: O Primeiro Conservador Revolucionário
Segundo Steuckers, "Sorel, que às vezes foi chamado de 'tertuliano da revolução', era alérgico ao racionalismo estreito, aos pequenos cálculos políticos que realizava a social-democracia. A este espírito de lojista, guiado por uma ética eudemonista da convicção e por uma vontade de excluir da memória todos os grandes impulsos do passado e de apagar seus rastros, Sorel opunha o 'mito', a fé no mito da revolução proletária. A ética burguesa, apesar de sua pretensão de ser racional, conduziu à desorganização e inclusive à desagregação das sociedades. Nenhuma continuidade histórica e oficial é possível sem uma dose de fé, sem um impulso vital (Bergson). Basicamente, quando Sorel desafia os socialistas aburguesados de seu tempo, sugere uma antropologia distinta: o racionalismo corta o real, o que é nefasto, enquanto o mito fecha os fluxos. O mito, indiferente a todo 'final' tomado como definitivo ou criado como ídolo, é o núcleo da cultura (de toda cultura). Seu desaparecimento, seu rechaço, sua inutilização, conduzem a uma entropia perigosa, à decadência. Uma sociedade obstruída pelo filtro racionalista resulta incapaz de se regenerar, de desenhar e despertar suas próprias forças em seu relato fundador. A definição soreliana do mito proíbe pensar na história como um determinismo; a história está feita por raras personalidades que a impulsionam em certas direções, em períodos axiais (Armin Mohler reutiliza a terminologia de Karl Jaspers, que Raymond Ruyer utilizará por sua vez na França). A visão mítica das personalidades que a impulsionam e dos períodos axiais é a concepção 'esférica' da história, própria da Nouvelle Droite".
Source: http://legio-victrix.blogspot.be/2017/06/sebastian-j-lorenz-sorel-o-primeiro.html
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